Seguimos com a análise das seleções que disputaram a Copa América. Hoje temos o grupo 2 em foco.
Brasil: o fiasco só não foi maior porque pelo menos não foi derrotado em nenhuma partida, mas as fracas atuações contra seleções inferiores mostraram que o momento não é bom e o futuro pode ser incerto para a seleção canarinho. A desconfiança aumentou ainda mais com a convocação de Mano Menezes para o amistoso contra a Alemanha, onde apareceram nomes novos que foram prontamente questionados. Creio que um dos maiores problemas nessa Copa América foi ter dado responsabilidade para jogadores inexperientes como Neymar e Ganso, que claramente sentiram o peso da camisa. E ainda tem que aguentar jornalistas imbecis comparando Neymar com Messi e Cristiano Ronaldo... Por favor, ele está anos luz atrás, pode até ser um jogador com um futuro brilhante, mas antes de qualquer comparação o cara tem que mostrar serviço e regularidade! Agora repartindo mais as críticas, não dá pra colocar a culpa só em A ou B, pois tem um todo muito errado. A CBF que devia estar pressionando por bons resultados, simplesmente lava as mãos e passa a mão na cabeça dos seus queridinhos. O fato é que temos uma Copa do Mundo no Brasil em pouco tempo e não dá pra ficar fazendo muito teste, já que não participarão das eliminatórias e tem somente alguns amistosos e a Copa das Confederações para se preparar. É bom que os resultados voltem, porque muita coisa deixou os torcedores brasileiros desgastados com a seleção e o que a amarelinha mais precisa é de apoio em 2014.
Equador: aquela geração de bons jogadores equatorianos parece ter se acabado, os jovens que foram colocados em campo não corresponderam às expectativas. Ainda que tenham endurecido o jogo contra o Brasil, não suportaram a pressão e acabaram se perdendo quando vinham fazendo boa partida. Quem poderia desequilibrar era seu principal craque, o meia Valencia (Manchester United), mas não puderam com ele já que se lesionou pouco antes da competição. Com certeza também sentem saudade de bons jogadores, como Alex Aguinaga ou Agustín Delgado.
Paraguai: apresentaram um futebol muito abaixo do esperado, visto que jogavam retrancados demais. Chegaram à final aos trancos e barrancos e com a mísera campanha de 5 empates. O pior é que a retranca só serviu pra encher o saco do espectador e, principalmente, de quem atacava, porque era só ter paciência que qualquer um entrava na área paraguaia. Sorte que contavam com o goleiro Justo Villar, destaque da equipe na competição, que brilhou com muitas defesas importantes. Só que não adianta ter uma muralha atrás e não agredir o adversário, fizeram 6 partidas e marcaram apenas 5 vezes. O Paraguai tem bons nomes, basta apenas descobrir como utilizá-los da maneira correta e acertar um camisa 10 pra organizar aquele meio campo.
Venezuela: uma grata surpresa na Copa América. Dita eterna seleção varzeana e saco de pancadas, a Vinotinto finalmente almeja vôos mais altos depois de uma atuação sensacional e um 4º lugar inesperado. Mesmo que individualmente não se dê muita coisa por seus jogadores, juntos formam uma equipe entrosada e com bom toque de bola (mesmo que às vezes ainda errem algumas coisas primárias, técnica é algo que ainda lhes falta). O coletivo prevaleceu, mas dá pra apontar algumas atuações mais destacadas como a do lateral Cichero, do volante e capitão Rincón, do atacante de boa movimentação Maldonado e do veteraníssimo goleiro Veja. Vamos torcer pra que mantenham esse espírito e façam bonito nas eliminatórias.
Em breve, a parte 3. Fiquem no aguardo.