Voltando com a análise dos grupos da Copa América, hoje veremos o grupo 3.
Chile: mesmo tendo jogado dentro do esperado, poderia ter ido melhor, afinal tem um bom time com alguns jogadores que desequilibram facilmente uma partida, como Suazo, Valdivia e o principal destaque, Alexis Sanchez, jogador que brilhou no campeonato italiano pela Udinese na ultima temporada e assinou com o Barcelona para a próxima. A escola chilena vem mantendo regularidade nos últimos anos, apesar de não ter feito nada relevante. Porém, não creio que tenham um futuro melhor do que isso, afinal as outras seleções estão melhorando muito e as que estão à frente deles, mesmo estando em baixa, tem muito mais futebol a demonstrar.
México: outra seleção que veio completamente descompromissada. Com sua equipe quase que totalmente sub-20, não mostrou nada de especial, nenhum destaque. Tudo bem que eles já tinham jogado a Copa Ouro e conquistado o torneio com a equipe principal, mas pela tradição nos torneios de gurizada, esperava-se mais do México. A única coisa relevante que podemos lembrar foi o corte de oito jogadores antes da competição por um escândalo envolvendo prostitutas na concentração (pelo menos esses oito podem dizer que gozaram de uma boa Copa América).
Peru: mais uma equipe que demonstrou uma evolução estrondosa, chegando ao 3º lugar. No início tenho certeza que ninguém apostaria na seleção peruana, afinal não contava com seus principais jogadores, Jefferson Farfán e Claudio Pizarro, ambos lesionados. Também não contava que surgiriam destaques no meio da competição, tanto no time titular quanto daqueles que saíam do banco, casos de Guerrero e Chiroque, respectivamente, além do experiente capitão Vargas, destaque também na Fiorentina. Mesmo que no papel não seja uma seleção de empolgar até o mais fanático peruano, a equipe mostrou excelente entrosamento e saída em velocidade para explorar contra-ataques, a arma mortal da equipe na disputa pelo 3º lugar que culminou nos quatro gols. Não é mais aquela seleção boba, ainda que se mantenha muito chata por jogar um pouco retrancada.
Uruguai: a melhor e mais regular equipe do torneio. Mesmo sem dar show, fez o feijão com arroz, mostrou raça e vontade de vencer e fez por merecido! Embalados pela boa campanha na Copa do Mundo da África do Sul após um surpreendente 4º lugar, a celeste mostrou que está de volta ao mais alto patamar do futebol sul-americano. As principais engrenagens do time, Diego Forlán e Luis Suárez, juntamente com as espetaculares atuações do jovem goleiro Muslera, que recentemente saiu da Lazio e se transferiu para o Galatasaray, mostraram um futebol de alto nível e levaram o Uruguai de volta ao topo. O trabalho da AUF e do técnico Oscar Tabaréz, que vem desde 2006 com a mesma base, demonstrou a evolução e o retorno do que já foi uma das potências do futebol mundial. O Uruguai está de parabéns pela grande Copa América e, com essa brilhante geração de jogadores, pode almejar vôos mais altos, seguir superando Argentina e Brasil em muitos quesitos e até conquistar uma Copa do Mundo depois de tantos anos. Por que não?
Na parte 4, veremos os premiados, os destaques e o que ocorreu de relevante na competição, dentro e fora dos gramados. Aguardem!