quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O Rebaixamento


Desde 1988 o campeonato Brasileiro possui um sistema que promove times das ‘menores’ divisões para as ‘maiores’ e, consequentemente, quase todos os clubes já amargaram o descenso.

Os únicos clubes que disputaram todas as edições do Brasileirão série A são Flamengo, Cruzeiro e Internacional, e os rebaixados desde 1988 são os seguintes:

1988 - Bangu, Santa Cruz, Criciúma e América/RJ
1989 - Coritiba, Atlético-PR, Guarani e Sport
1990 - São José e Inter de Limeira
1991 - Grêmio e Vitória
1992 – Nenhum (1)
1993 - América-MG, Atlético-PR, Coritiba, Desportiva, Ceará, Santa Cruz, Goiás e Fortaleza
1994 - Remo e Náutico
1995 - Paysandu e União São João
1996 - Fluminense e Bragantino (2)
1997 - Bahia, Criciúma, Fluminense e União São João
1998 - Goiás, América-MG, Bragantino e América-RN
1999 - Gama, Paraná Clube, Juventude e Botafogo-RP (3)
2000 - Santa Cruz, América-MG, Botafogo-RP e Sport (4)
2001 - Sport, Santa Cruz, América-MG e Botafogo-RP
2002 - Portuguesa, Palmeiras, Gama e Botafogo
2003 - Fortaleza e Bahia
2004 - Criciúma, Guarani, Vitória e Grêmio
2005 - Coritiba, Atlético/MG, Paysandu e Brasiliense
2006 - Ponte Preta, Fortaleza, São Caetano e Santa Cruz
2007 - Corinthians, Juventude, Paraná e América-RN
2008 - Figueirense, Vasco, Portuguesa e Ipatinga
2009 - Coritiba, Santo André, Náutico e Sport
2010 – Vitória, Barueri, Goiás e Guarani.

(1) Atendendo a pressões do Clube dos 13, CBF reorganiza o Campeonato, aumentando de 20 para 32 times.

2) Apesar de rebaixados, conseguiram permanecer na primeira divisão em 1997 graças a uma decisão da CBF.

(3) Com a Copa João Havelange em 2000, os times acabaram não disputando a segunda divisão.

(4) Paraná, São Caetano e Remo disputaram a fase final da Copa JH. No ano seguinte, o Remo disputou a segunda divisão, e o Botafogo de Ribeirão, a primeira.

No final do primeiro turno faremos um balanço dos possíveis candidatos ao título e ao rebaixamento, fiquem ligados!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ronaldinho e o Grêmio.

No último sábado, acompanhamos um Flamengo embalado pela aquela fatídica quarta-feira, quando venceu o Santos por 5 a 4. O jogo era contra um Grêmio deteriorado pela má campanha no Campeonato.

Mas o jogo reservava algo a mais, o reencontro de Ronaldinho Gaúcho contra o clube que o projetou ao mundo.

Ainda se perguntam: ele deveria ter comemorado o gol? Contra o clube onde ele nasceu, aprendeu valores e que o acolheu em momentos difíceis?

Esta é uma questão que vai muito mais além. Já dizem que ele comemorou o gol porque é mau caráter. Acho que não é por ai que devemos seguir.

O que os gremistas devem fazer, é olhar para frente e desencanar desse assunto. Pensando metaforicamente é como se uma pessoa ficasse reinando com um ex namorado.

Ronaldinho é passado. Outros Ronaldinhos aparecerão e apareceram na história recente do Grêmio, como Anderson.

Agora cada um segue seus caminhos. Fica de lição para os bom entendedores.




(Fotomontagem de Carlos Cerqueira sobre fotos de Denis Ferreira Netto e Eduardo Viana)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Balanço da Copa América 2011 – parte 3/4

Voltando com a análise dos grupos da Copa América, hoje veremos o grupo 3.

Chile: mesmo tendo jogado dentro do esperado, poderia ter ido melhor, afinal tem um bom time com alguns jogadores que desequilibram facilmente uma partida, como Suazo, Valdivia e o principal destaque, Alexis Sanchez, jogador que brilhou no campeonato italiano pela Udinese na ultima temporada e assinou com o Barcelona para a próxima. A escola chilena vem mantendo regularidade nos últimos anos, apesar de não ter feito nada relevante. Porém, não creio que tenham um futuro melhor do que isso, afinal as outras seleções estão melhorando muito e as que estão à frente deles, mesmo estando em baixa, tem muito mais futebol a demonstrar.

México: outra seleção que veio completamente descompromissada. Com sua equipe quase que totalmente sub-20, não mostrou nada de especial, nenhum destaque. Tudo bem que eles já tinham jogado a Copa Ouro e conquistado o torneio com a equipe principal, mas pela tradição nos torneios de gurizada, esperava-se mais do México. A única coisa relevante que podemos lembrar foi o corte de oito jogadores antes da competição por um escândalo envolvendo prostitutas na concentração (pelo menos esses oito podem dizer que gozaram de uma boa Copa América).

Peru: mais uma equipe que demonstrou uma evolução estrondosa, chegando ao 3º lugar. No início tenho certeza que ninguém apostaria na seleção peruana, afinal não contava com seus principais jogadores, Jefferson Farfán e Claudio Pizarro, ambos lesionados. Também não contava que surgiriam destaques no meio da competição, tanto no time titular quanto daqueles que saíam do banco, casos de Guerrero e Chiroque, respectivamente, além do experiente capitão Vargas, destaque também na Fiorentina. Mesmo que no papel não seja uma seleção de empolgar até o mais fanático peruano, a equipe mostrou excelente entrosamento e saída em velocidade para explorar contra-ataques, a arma mortal da equipe na disputa pelo 3º lugar que culminou nos quatro gols. Não é mais aquela seleção boba, ainda que se mantenha muito chata por jogar um pouco retrancada.

Uruguai: a melhor e mais regular equipe do torneio. Mesmo sem dar show, fez o feijão com arroz, mostrou raça e vontade de vencer e fez por merecido! Embalados pela boa campanha na Copa do Mundo da África do Sul após um surpreendente 4º lugar, a celeste mostrou que está de volta ao mais alto patamar do futebol sul-americano. As principais engrenagens do time, Diego Forlán e Luis Suárez, juntamente com as espetaculares atuações do jovem goleiro Muslera, que recentemente saiu da Lazio e se transferiu para o Galatasaray, mostraram um futebol de alto nível e levaram o Uruguai de volta ao topo. O trabalho da AUF e do técnico Oscar Tabaréz, que vem desde 2006 com a mesma base, demonstrou a evolução e o retorno do que já foi uma das potências do futebol mundial. O Uruguai está de parabéns pela grande Copa América e, com essa brilhante geração de jogadores, pode almejar vôos mais altos, seguir superando Argentina e Brasil em muitos quesitos e até conquistar uma Copa do Mundo depois de tantos anos. Por que não?

Na parte 4, veremos os premiados, os destaques e o que ocorreu de relevante na competição, dentro e fora dos gramados. Aguardem!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Balanço da Copa Audi

Ontem terminou a segunda edição da Audi Cup, com o Barcelona se sagrando campeão. Mais um título para os catalães.

Para o vencedor, uma grata surpresa, Thiago Alcântara, filho do tetra campeão Mazinho, foi o artilheiro do torneio com 3 gols, feitos com muita boa qualidade.

Se tratando de Bayern e Milan, são times muito bons que com alguns ajustes podem se tornar protagonistas na Champions League. Falta um craque, camisa 10 ao Bayern de Munique, aquele que decide. Para os rossoneros, estão precisando de uma liderança forte desde a saída de Pirlo. Gattuso e Ambrosini parecem não ter a mesma moral de antes.

Já o Internacional, volta com moral, tendo batido de frente com Barcelona e Milan, dois gigantes. Quando resolverem a questão do técnico e jogadores decisivos como D’alessandro e Damião jogarem o que sabem, é um forte candidato à no mínimo uma vaga na Libertadores.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Balanço da Copa América 2011 – parte 2/4

Seguimos com a análise das seleções que disputaram a Copa América. Hoje temos o grupo 2 em foco.

Brasil: o fiasco só não foi maior porque pelo menos não foi derrotado em nenhuma partida, mas as fracas atuações contra seleções inferiores mostraram que o momento não é bom e o futuro pode ser incerto para a seleção canarinho. A desconfiança aumentou ainda mais com a convocação de Mano Menezes para o amistoso contra a Alemanha, onde apareceram nomes novos que foram prontamente questionados. Creio que um dos maiores problemas nessa Copa América foi ter dado responsabilidade para jogadores inexperientes como Neymar e Ganso, que claramente sentiram o peso da camisa. E ainda tem que aguentar jornalistas imbecis comparando Neymar com Messi e Cristiano Ronaldo... Por favor, ele está anos luz atrás, pode até ser um jogador com um futuro brilhante, mas antes de qualquer comparação o cara tem que mostrar serviço e regularidade! Agora repartindo mais as críticas, não dá pra colocar a culpa só em A ou B, pois tem um todo muito errado. A CBF que devia estar pressionando por bons resultados, simplesmente lava as mãos e passa a mão na cabeça dos seus queridinhos. O fato é que temos uma Copa do Mundo no Brasil em pouco tempo e não dá pra ficar fazendo muito teste, já que não participarão das eliminatórias e tem somente alguns amistosos e a Copa das Confederações para se preparar. É bom que os resultados voltem, porque muita coisa deixou os torcedores brasileiros desgastados com a seleção e o que a amarelinha mais precisa é de apoio em 2014.

Equador: aquela geração de bons jogadores equatorianos parece ter se acabado, os jovens que foram colocados em campo não corresponderam às expectativas. Ainda que tenham endurecido o jogo contra o Brasil, não suportaram a pressão e acabaram se perdendo quando vinham fazendo boa partida. Quem poderia desequilibrar era seu principal craque, o meia Valencia (Manchester United), mas não puderam com ele já que se lesionou pouco antes da competição. Com certeza também sentem saudade de bons jogadores, como Alex Aguinaga ou Agustín Delgado.

Paraguai: apresentaram um futebol muito abaixo do esperado, visto que jogavam retrancados demais. Chegaram à final aos trancos e barrancos e com a mísera campanha de 5 empates. O pior é que a retranca só serviu pra encher o saco do espectador e, principalmente, de quem atacava, porque era só ter paciência que qualquer um entrava na área paraguaia. Sorte que contavam com o goleiro Justo Villar, destaque da equipe na competição, que brilhou com muitas defesas importantes. Só que não adianta ter uma muralha atrás e não agredir o adversário, fizeram 6 partidas e marcaram apenas 5 vezes. O Paraguai tem bons nomes, basta apenas descobrir como utilizá-los da maneira correta e acertar um camisa 10 pra organizar aquele meio campo.

Venezuela: uma grata surpresa na Copa América. Dita eterna seleção varzeana e saco de pancadas, a Vinotinto finalmente almeja vôos mais altos depois de uma atuação sensacional e um 4º lugar inesperado. Mesmo que individualmente não se dê muita coisa por seus jogadores, juntos formam uma equipe entrosada e com bom toque de bola (mesmo que às vezes ainda errem algumas coisas primárias, técnica é algo que ainda lhes falta). O coletivo prevaleceu, mas dá pra apontar algumas atuações mais destacadas como a do lateral Cichero, do volante e capitão Rincón, do atacante de boa movimentação Maldonado e do veteraníssimo goleiro Veja. Vamos torcer pra que mantenham esse espírito e façam bonito nas eliminatórias.

Em breve, a parte 3. Fiquem no aguardo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Copa Audi

Nesta terça-feira inicia-se a 2ª edição da “Audi Cup”, torneio que foi criado em 2009 pela empresa automobilística Audi.

O torneio realiza-se nos dias 26 e 27 de julho na cidade alemã de Munique, no Alianz Arena, estádio do Bayern.
 
Em 2009, a competição teve como participantes além do anfitrião Bayern de Munique, o Milan, o Manchester United e o argentino Boca Juniors. Os alemães levaram a melhor vencendo os ingleses por incríveis 7 a 6 nos pênaltis.

Chega 2011 e temos um brazuca no campeonato, o Internacional de Porto Alegre representará o Brasil. O Inter não vai bem pela suas terras, demissão do técnico e afastamento do dirigente culminaram no mau tempo colorado.

O primeiro desafio será contra o todo-poderoso Barcelona de Messi, ou melhor, sem ele, pra alegria gaúcha. O craque argentino recebeu férias em função da Copa América. Mas se não tem Messi, tem Xavi, Iniesta, Pedro, Villa, com certeza não será um confronto fácil.

Conta em seu favor o fato de que em 2006, o Internacional venceu a equipe catalã em Tóquio e conquistou o Mundial de Clubes. Será que a sorte virá a favor dos vermelhos novamente? É o que iremos acompanhar amanhã, aqui no Sem Frescura F.C..

Pra quem quiser conferir, a ESPN e o canal Esporte Interativo irão transmitir o jogo amanhã a partir das 13 horas.

Texto escrito por Léo Marques

Balanço da Copa América 2011 – parte 1/4

Encerrada a competição, faremos a partir de agora uma breve análise sobre cada seleção, seus destaques, suas decepções, suas perspectivas e sobre tudo o que aconteceu em solo argentino. Hoje veremos o grupo 1:

Argentina: a anfitriã pode estar cheia de craques, sendo empurrada pela sua torcida, mas não vai chegar a lugar algum se continuar assim. Messi não é o salvador da pátria e a qualidade de boa parte do elenco é discutível, principalmente a zaga. Há anos não se vê uma boa formação defensiva dos hermanos e os medalhões que seguem lá estão cada vez mais próximos da aposentadoria. Ainda dá pra fazer uma pergunta: tem laterais nas categorias de base dos clubes argentinos? Enquanto jogadores como Di María, Pastore, Aguero, Garay (jovem zagueiro que atua pelo Real Madrid) continuarem no banco, não creio que a Argentina volte ao futebol de alto nível. O futebol argentino passa por um momento semelhante ao do futebol brasileiro, onde sua federação, a AFA, está fervilhando com disputas internas e o apoio a Julio Grondona, atual presidente, está ficando fraco. Suas decisões têm sido severamente criticadas e questionadas.

Obs: Hoje saiu uma notícia dizendo que o campeonato argentino vai mudar. A 1ª divisão passará a ter QUARENTA equipes na temporada 2012/2013. Pra mim isso soa bastante tendencioso, afinal quem vai disputar a segundona na temporada 2011/2012 é o River Plate e essa mudança só não o garante na 1ª divisão se ficar nas ultimas 4 colocações. Ainda mais depois das declarações do Maradona, colocando a culpa do rebaixamento nos dirigentes e na federação.

Obs2: informação de ultima hora, Sergio Batista foi demitido do cargo de treinador da seleção e o amistoso contra a Romênia foi cancelado.

Bolívia: mostrou o mesmo futebolzinho medíocre de sempre, acredito que tenha empatado com a Argentina mais pela intranqüilidade do adversário do que por seus méritos. Com pouca tradição (venceu apenas uma vez o torneio, em 1963, quando foi país-sede) e poucos jogadores decentes (só vejo Marcelo Moreno), a Bolívia tende a seguir na sua tradicional retranca até que os deuses do futebol resolvam olhar com melhores olhos algum jogador que por ventura venha a vestir a camisa verde, porque acho que nem um bom treinamento adianta, o time continuaria fraco.

Colômbia: o futebol não é dos mais espetaculares, mas mostrou uma boa evolução. Alguns jogadores já podem desequilibrar individualmente como Freddy Guarín e Falcão Garcia (destaques no Porto, campeão da Liga Europa 2010/2011). Outro que foi muito bem é o lateral Armero (ex-Palmeiras), mostrando boa qualidade no apoio. A Colômbia pode ter um futuro interessante, fez uma Copa América dentro dos seus limites e pode render mais com maior trabalho e esforço dos jogadores.

Costa Rica: não há muita coisa pra se falar, a convidada centro-americana veio descompromissada, com uma seleção de garotos já que os principais jogadores haviam disputado recentemente a Copa Ouro (Concacaf). O único "destaque" é o atacante Campbell, que é bastante jovem e joga bem acima do patamar dos seus companheiros.

Amanhã, o grupo 2 será analisado, aguardem!

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